sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Raios caem duas vezes em um mesmo lugar?
(Clique Ciência -UOL) Um dos maiores mitos propagados por aí é o de que dois raios não caem no mesmo lugar. Mas não dê ouvidos a tudo o que lhe dizem. Em áreas de grande incidência, podem cair não somente dois, mas diversos raios. Prova disso é o Cristo Redentor, agraciado por seis raios por ano, em média, de acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). E o Empire State Building, em Nova York, que recebe 25 descargas, sendo que já aconteceu de o topo do prédio ser atingido oito vezes em apenas oito minutos.
A chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio é muito baixa, em termos estatísticos: é menor do que um para um milhão. O que não é motivo para baixar a guarda. Se você estiver em uma área descampada (como uma praia ou campo de futebol) durante uma tempestade forte, a probabilidade é bem maior: de um para mil. Isso porque o seu corpo acaba se transformando em para-raios nessas situações.
Raios são descargas elétricas de grande intensidade que conectam as nuvens de tempestade e o solo. Ou seja: para que eles ocorram, é necessário haver uma nuvem carregada de partículas com carga negativa (geradas pelo choque das partículas de gelo) e um solo repleto de partículas com carga positiva. Como os campos elétricos costumam se acumular em extremidades, não é de se estranhar que arranha-céus, monumentos pontiagudos, copas de árvores e cabeças sejam mais vulneráveis.
É bom lembrar que relâmpago é o nome genérico que se dá às descargas elétricas, mas os raios são só os que se conectam ao solo. E o trovão? É o som produzido pelo ar que se aquece e se expande rapidamente na região na qual circula a corrente elétrica do raio.
Brasil é recordista
A ocorrência de raios no Brasil é de 50 milhões por ano, segundo o Inpe, o que faz do país o recordista mundial. A cada 50 mortes por raio no mundo, uma ocorre no Brasil. Ou seja: 130 brasileiros morrem dessa forma a cada ano. "A explicação é geográfica: é o maior país da chamada zona tropical do planeta -- área central onde o clima é mais quente e, portanto, mais favorável à formação de tempestades", explica Osmar Pinto Junior, coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A Amazônia é uma das três regiões com maior incidência de descargas elétricas do país e do mundo. Recebe cerca de 30 milhões de raios por ano, devido à grande quantidade de água doce e calor. As outras regiões chamadas de "chaminés de raios" são a África Central e a Indonésia.
De 2000 a 2013, o Estado com maior número de mortes por acidentes com raios foi São Paulo, de acordo com o Inpe -- foram 269 no total. Considerando a densidade populacional, o total de mortes registradas no Amazonas impressiona: foram 80, no mesmo período. Só em Manaus, 20 pessoas morreram, o que fez a cidade ser referida como a "capital brasileira com maior número de mortes por raios".
Um estudo feito por pesquisadores do Inpe e divulgado no ano passado no periódico American Journal of Climate Change mostrou que, nos últimos 30 anos, a capital amazonense registrou um aumento de 50% na taxa de descargas atmosféricas, alcançando 13,4 raios por quilômetro quadrado ao ano. A explicação para isso é que a urbanização em Manaus fez a temperatura máxima da cidade subir 3°C em relação à encontrada na floresta amazônica.
Outros estudos do Elat já haviam mostrado como a urbanização tende a formar um cinturão de ar quente ao redor da região central das cidades, favorecendo tempestades e raios. E o aquecimento global só tende a piorar o cenário, à medida que faz aumentar a presença de vapor d'água na atmosfera. Um estudo publicado recentemente na revista Science mostrou que a ocorrência de relâmpagos em todo o mundo vai aumentar 50% até 2100.
Segundo levantamento de cientistas do Elat feito em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, o aumento da temperatura das águas do Oceano Atlântico no Hemisfério Sul fará a incidência de tempestades duplicar no Sudeste em 2070, chegando a triplicar nas cidades litorâneas.
Só a cidade de São Paulo, por exemplo, tinha 33 dias de tempestade por ano de 1910 a 1951. De 1951 a 2010 esse número aumentou para 67 dias de tempestade -– um crescimento de 103%. "A previsão é a de que os dias de tempestade se tornem ainda mais frequentes nos próximos anos", afirma o coordenador do Elat. Os resultados até trazem algum alívio para quem está preocupado com a falta de água, mas são preocupantes, considerando o consequente aumento de raios.
Como evitar
"A intensidade típica de um raio é de 30 mil ampères, cerca de mil vezes a intensidade de um chuveiro elétrico", diz Osmar Pinto Junior, especialista do Elat. Portanto, a morte é imediata. Além de queimaduras, a corrente pode provocar parada cardíaca e respiratória. Os relatos de vítimas que sobreviveram referem-se a quem foi afetado indiretamente, ou por faíscas laterais, ou pela corrente que vem do solo. As sequelas podem incluir insuficiência cardíaca, problemas de memória e psicológicos.
O período mais afetado pela incidência de raios no Brasil é a transição entre a seca e a estação chuvosa, ou seja, entre a primavera e o verão. Veja as recomendações do Inpe para evitar ser atingido por um raio, direta ou indiretamente:
1. Se você estiver em uma área sem abrigo próximo durante uma tempestade e sentir os pelos arrepiados (sinal da proximidade de um raio), ajoelhe-se e curve-se para frente, colocando as mãos nos joelhos e a cabeça entre eles;
2. Se estiver sem abrigo na tempestade, evite segurar e mantenha distância de objetos metálicos e/ou longos, como varas de pescar, tacos de golfe, enxadas e tripés;
3. Durante a tempestade, mantenha distância de árvores (especialmente as isoladas), cercas de arame e varais metálicos. Saiba que pequenas construções como tendas, barracos e celeiros não oferecem proteção;
4. O ideal é não sair de casa durante tempestades, mas, se estiver na rua, procure abrigo em: carros, ônibus ou outros veículos metálicos não conversíveis (mas evite ficar encostado na lataria); moradias ou prédios (de preferência que possuam proteção contra raios); abrigos subterrâneos (como metrôs ou túneis); grandes construções com estruturas metálicas; barcos ou navios metálicos fechados; desfiladeiros ou vales;
5. Caso esteja em algum local protegido, evite usar o telefone com fio ou o celular ligado ao carregador, assim como tocar em equipamentos elétricos ligados à tomada, já que as redes elétricas podem ser atingidas. Evite também ficar ao lado de portas, canos ou janelas metálicas (esses objetos têm maior condutividade elétrica).
Relâmpagos e a vida na terra
Os relâmpagos podem ter participado da geração de moléculas que deram origem à vida na Terra, segundo o Inpe. Há cerca de 3 bilhões de anos, a atmosfera do planeta era bem mais quente e continha grande quantidade de moléculas de diversos gases, como amônia, metano e hidrogênio. Por isso, é provável que houvesse mais tempestades e raios. As descargas elétricas teriam ajudado a quebrar essas moléculas e a formar os aminoácidos, estruturas básicas para todas as formas de vida. Experimentos em laboratório mostraram que o processo é, em princípio, possível. Mas há incertezas sobre os estágios iniciais da evolução da atmosfera terrestre.
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Temporada de furacões foi ativa no Pacífico e calma no Atlântico
(AFP/UOL) A temporada de furacões termina neste domingo e, enquanto a do Atlântico foi tranquila, sem provocar maiores estragos, a do Pacífico foi a mais ativa em duas décadas, informaram nesta segunda-feira (24) meteorologistas americanos.
No Atlântico, "a temporada foi relativamente tranquila", declarou à AFP Gerry Bell, especialista do centro de previsões climáticas da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
Oito tempestades tropicais ocorreram durante os seis meses da temporada atlântica, que vai de 1º de junho a 30 de novembro, quando a média é de treze, explicou Bell.
Destas tempestades, seis chegaram à categoria de furacão e duas delas atingiram força de "grande furacão", com ventos destrutivos que os levaram a superar a categoria três das cinco da escala de Saffir-Simpson.
"Houve alguma atividade, apesar de que a temporada foi relativamente tranquila", disse Bell, destacando que este ano foram registrados mais furacões que em 2013.
Mas, enquanto a temporada no Atlântico foi bastante calma, a do Pacífico (15 de maio a 30 de novembro) foi a mais ativa desde 1992, segundo a NOAA.
Nesta região foram registradas vinte tempestades tropicais. Delas, catorze alcançaram a categoria de furacão e oito, a de "grande furacão".
A mais destrutiva foi Odile, que provocou danos milionários em setembro no turístico balneário mexicano de Los Cabos (península de Baja Califórnia, noroeste), deixando seis mortos.
Na região do Atlântico, o furacão mais mortal foi Cristóbal: deixou quatro mortos e causou danos em sua passagem por República Dominicana, Bahamas e nas ilhas Turks and Caicos.
Gonzalo, o último furacão da temporada atlântica, provocou, em outubro, um morto no território holandês de Saint Martin, enquanto a tempestade que abriu a temporada, Arthur, foi a única que tocou terra nos Estados Unidos, na Carolina do Norte, acabando com a festa do feriado prolongado do Dia da Independência nos EUA, em 4 de julho.
"Felizmente, grande parte da costa americana ficou a salvo este ano (...). No entanto, sabemos que este nem sempre será o caso", advertiu Louis Uccellini, diretor do serviço meteorológico da NOAA, em um comunicado.
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Projeto Coordenado pelo INPE é Capa de Periódico Internacional de Meteorologia
(INPE/Brazilian Space) O Projeto CHUVA foi artigo de capa do Bulletin of the American Meteorological (BAMS), considerado o periódico científico de maior impacto da área de Meteorologia.
Coordenado pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o projeto estuda os diferentes regimes de chuva do país por meio de uma série de instrumentos para medidas atmosféricas, como, por exemplo, um radar de alta resolução para coleta de dados do interior das nuvens.
O artigo descreve os experimentos realizados e seus principais resultados, bem como atividades de apoio à previsão imediata e de treinamento.
Confira aqui o artigo
terça-feira, 25 de novembro de 2014
CPTEC/INPE Comemora 20 Anos
(INPE/Brazilian Space) O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) comemorou os 20 anos do seu Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) nesta segunda-feira (24/11). Pela manhã, o diretor Leonel Perondi presidiu cerimônia na Unidade Regional de Cachoeira Paulista (SP), onde está instalado o CPTEC/INPE, e descerra uma placa alusiva ao aniversário.
Nestes 20 anos, a qualidade e confiabilidade das previsões de tempo aumentou muito e, hoje, o CPTEC/INPE é um dos mais completos do planeta. Essa é uma área da ciência altamente vinculada ao desenvolvimento do país, em especial nos setores agrícola, energético e na conservação do meio ambiente.
Graças aos recursos computacionais do INPE, o Brasil está entre países com alta capacidade de processamento dedicado para operação e pesquisa em tempo e clima. No CTEC/INPE está instalado o Tupã, um XT6/Cray capaz de realizar 258 trilhões de cálculos por segundo que está entre os mais poderosos supercomputadores do mundo para previsão de tempo e estudos em mudanças climáticas.
As informações meteorológicas geradas diariamente pelo CPTEC/INPE tornaram-se indispensáveis para os mais variados setores socioeconômicos do país, como agricultura, defesa civil, geração e distribuição de energia elétrica, transporte, meio ambiente, turismo, lazer, e também para milhões de pessoas que recebem estas informações pela mídia. Além disso, por meio do CPTEC, o INPE realiza o monitoramento de ocorrência de tempo severo e efetua o fornecimento de imagens de satélites meteorológicos e ambientais para várias instituições e usuários brasileiros e internacionais.
Workshop
Como parte da comemoração dos 20 anos de atividades operacionais do CPTEC/INPE, será realizado nos dias 27 e 28 de novembro o “Workshop de Usuários”. Representantes de instituições que utilizam dados do Centro mostrarão como o estado do tempo e do clima afetam o planejamento e suas atividades e, principalmente, como as informações de monitoramento e previsão do CPTEC/INPE as beneficiam.
Durante o workshop, os participantes serão estimulados a apresentar seus pontos de vista, suas demandas e sugestões para melhoria das previsões, produtos e serviços oferecidos pelo CPTEC.
No primeiro dia (27/11), as apresentações serão feitas pelos usuários do setor público, como governo, agências, centros, universidades, Defesa Civil, entre outros. O segundo dia (27/11) contará com as apresentações do setor privado, como empresas ligadas a serviços meteorológicos, agricultura, indústria, setor financeiro, turismo, entre outros.
Mais informações: www.cptec.inpe.br
Temperaturas do verão vão superar as de 2014, diz instituto.
Aumento seria de até 2 graus Celsius; fenômeno El Niño pode provocar mais chuvas
(O Globo) Daqui a um mês começa a estação mais popular do Rio. E o verão de 2015 não deve dar trégua para quem detesta calor. De acordo com o Instituto Climatempo, o primeiro bimestre do ano que vem terá temperaturas ainda mais elevadas do que as registradas no ano passado. Em janeiro, a média será de 32ºC. Em fevereiro, 36ºC. Em 2014, a média não superou os 34ºC.
A expectativa da chegada do El Niño aumentaria ainda mais os termômetros. Em junho, a Organização Meteorológica Mundial emitiu um alerta recomendando aos governos que se preparem para eventos como secas e inundações.
A temperatura das águas do Oceano Pacífico está 1 grau Celsius acima da média. Há 60% de chances de formação do El Niño, que se manifestaria com mais força no ápice do verão, entre janeiro e fevereiro.
O fenômeno pode bagunçar as precipitações do verão na Região Sudeste. Curtas ondas de calor seriam seguidas por tempestades. Para o climatologista José Marengo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), este é um indício de que as mudanças climáticas já estão em vigor:
— Quando falamos em eventos extremos, já sabemos que cada ano tem sido pior do que o anterior.
UMIDADE CAUSARÁ MAIS CHUVAS NO FIM DA TARDE
O verão carioca de 2015 pode ser o segundo consecutivo com características atípicas. Em 2014, dois bloqueios atmosféricos — um no Pacífico, outro no Atlântico — impediram a passagem de frentes frias na Região Sudeste durante quase dois meses, entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014. A falta de nuvens possibilitou o aumento das temperaturas. Foi a estação mais quente do Rio dos últimos 50 anos. Houve apenas 16 dias com chuvas — a média histórica é 40.
Embora a temperatura do verão fique acima da média em 2015, a umidade também será mais alta. Com isso, a sensação térmica pode ser menor.
— A temperatura chega ao topo até o meio da tarde e depois a chuva resfria a atmosfera — descreve o meteorologista Alexandre Nascimento, do Climatempo. — Por isso, já que temos precipitações, o próximo verão pode ser menos quente do que o anterior.
O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTec) confirma que a temperatura e a umidade em janeiro e fevereiro podem ficar acima do normal. O instituto e o Climatempo devem divulgar previsões mais detalhadas sobre o verão nas próximas semanas.
O ANO MAIS QUENTE DESDE 1880
A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA (Noaa) confirmou esta semana que 2014 é o ano mais quente desde o início dos registros, em 1880, considerando os dados obtidos entre janeiro e outubro. No século XX, a temperatura média do planeta foi de 14,1ºC. Em 2014, é de 14,8ºC.
Outubro é, também, o terceiro mês consecutivo e o quinto do último semestre a marcar um recorde histórico da temperatura global. Os termômetros elevados no mês passado ocorreram devido ao calor tanto na superfície terrestre como nos oceanos. A América do Sul e a Austrália tiveram contribuição decisiva para o aquecimento recente do planeta.
No Hemisfério Norte, a Costa Leste dos EUA registrou temperaturas recordes, assim como o Oeste da Rússia. Na Europa, a região mais afetada pelo calor foi o Sul do continente.
(O Globo) Daqui a um mês começa a estação mais popular do Rio. E o verão de 2015 não deve dar trégua para quem detesta calor. De acordo com o Instituto Climatempo, o primeiro bimestre do ano que vem terá temperaturas ainda mais elevadas do que as registradas no ano passado. Em janeiro, a média será de 32ºC. Em fevereiro, 36ºC. Em 2014, a média não superou os 34ºC.
A expectativa da chegada do El Niño aumentaria ainda mais os termômetros. Em junho, a Organização Meteorológica Mundial emitiu um alerta recomendando aos governos que se preparem para eventos como secas e inundações.
A temperatura das águas do Oceano Pacífico está 1 grau Celsius acima da média. Há 60% de chances de formação do El Niño, que se manifestaria com mais força no ápice do verão, entre janeiro e fevereiro.
O fenômeno pode bagunçar as precipitações do verão na Região Sudeste. Curtas ondas de calor seriam seguidas por tempestades. Para o climatologista José Marengo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), este é um indício de que as mudanças climáticas já estão em vigor:
— Quando falamos em eventos extremos, já sabemos que cada ano tem sido pior do que o anterior.
UMIDADE CAUSARÁ MAIS CHUVAS NO FIM DA TARDE
O verão carioca de 2015 pode ser o segundo consecutivo com características atípicas. Em 2014, dois bloqueios atmosféricos — um no Pacífico, outro no Atlântico — impediram a passagem de frentes frias na Região Sudeste durante quase dois meses, entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014. A falta de nuvens possibilitou o aumento das temperaturas. Foi a estação mais quente do Rio dos últimos 50 anos. Houve apenas 16 dias com chuvas — a média histórica é 40.
Embora a temperatura do verão fique acima da média em 2015, a umidade também será mais alta. Com isso, a sensação térmica pode ser menor.
— A temperatura chega ao topo até o meio da tarde e depois a chuva resfria a atmosfera — descreve o meteorologista Alexandre Nascimento, do Climatempo. — Por isso, já que temos precipitações, o próximo verão pode ser menos quente do que o anterior.
O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTec) confirma que a temperatura e a umidade em janeiro e fevereiro podem ficar acima do normal. O instituto e o Climatempo devem divulgar previsões mais detalhadas sobre o verão nas próximas semanas.
O ANO MAIS QUENTE DESDE 1880
A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA (Noaa) confirmou esta semana que 2014 é o ano mais quente desde o início dos registros, em 1880, considerando os dados obtidos entre janeiro e outubro. No século XX, a temperatura média do planeta foi de 14,1ºC. Em 2014, é de 14,8ºC.
Outubro é, também, o terceiro mês consecutivo e o quinto do último semestre a marcar um recorde histórico da temperatura global. Os termômetros elevados no mês passado ocorreram devido ao calor tanto na superfície terrestre como nos oceanos. A América do Sul e a Austrália tiveram contribuição decisiva para o aquecimento recente do planeta.
No Hemisfério Norte, a Costa Leste dos EUA registrou temperaturas recordes, assim como o Oeste da Rússia. Na Europa, a região mais afetada pelo calor foi o Sul do continente.
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Vídeo acelerado mostra avanço de nevasca nos EUA
(CNN/Terra) Timelapse feito essa semana registra nevasca que atingiu região de Buffalo; fenômeno filmado aqui é chamado “efeito do lago” e se forma quando o vento seco e gelado passa sobre um lago com águas mais quentes, criando um “paredão” de neve. Acesse vídeo aqui.
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Dez primeiros meses de 2014 foram os mais quentes já registrados, diz NOAA
Ano se encaminha para ser o mais quente desde 1880, segundo agência. Mês de outubro deste ano foi o mais quente desde o início das medições.
(G1) Os dez primeiros meses de 2014 foram os mais quentes já registrados no planeta desde que a temperatura global começou a ser medida por cientistas, em 1880, de acordo com informações da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, a NOAA. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (20).
De acordo com o departamento ligado ao governo americano, o mês de outubro bateu recordes de calor e, por isso, há indícios de que este ano possa ficar conhecido como o mais quente desde o início das constatações oficiais.
No mês passado, considerado o outubro mais quente desde 1880, a temperatura média global, combinação de medições feitas nas superfícies terrestre e oceânica, ficou 0,74ºC acima da média do século 20, que é de 14ºC.
No período de janeiro a outubro deste ano, a temperatura ficou 0,68ºC acima da média registrada pelos termômetros ao longo do século passado (14,1ºC).
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Matérias similares no Terra, UOL, Veja, Correio Braziliense e Público - Portugal
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E mais:
Ano de 2014 teve maiores temperaturas desde 1880 (Terra)
(G1) Os dez primeiros meses de 2014 foram os mais quentes já registrados no planeta desde que a temperatura global começou a ser medida por cientistas, em 1880, de acordo com informações da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, a NOAA. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (20).
De acordo com o departamento ligado ao governo americano, o mês de outubro bateu recordes de calor e, por isso, há indícios de que este ano possa ficar conhecido como o mais quente desde o início das constatações oficiais.
No mês passado, considerado o outubro mais quente desde 1880, a temperatura média global, combinação de medições feitas nas superfícies terrestre e oceânica, ficou 0,74ºC acima da média do século 20, que é de 14ºC.
No período de janeiro a outubro deste ano, a temperatura ficou 0,68ºC acima da média registrada pelos termômetros ao longo do século passado (14,1ºC).
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quinta-feira, 20 de novembro de 2014
Morreu Anthímio José de Azevedo, o "Sr. Meteorologia"
Desaparece aos 88 anos um dos mais populares divulgadores da meteorologia em Portugal.
(Público - Portugal) Durante anos a fio, primeiro a preto e branco e depois a cores, entrou nas casas dos portugueses à hora de jantar, na altura do Telejornal, para dizer o tempo que ia fazer no dia seguinte. Anthímio de Azevedo faz parte da memória colectiva portuguesa, tal como o próprio anticiclone dos Açores, de que o meteorologista tanto falava na apresentação do Boletim Meteorológico. Nasceu em 1926 na terra do anticiclone, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, e morreu esta segunda-feira aos 88 anos.
A história de Anthímio de Azevedo cruza-se com a da própria televisão. A Radiotelevisão Portuguesa (RTP) tinha sido inaugurada em 1956 e, cinco anos depois, o Telejornal passou a ter um serviço de meteorologia, tal como outras estações europeias. Iniciou-se assim uma longa colaboração entre a RTP e o Serviço Meteorológico Nacional e o seu sucessor, o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica. No início, as previsões meteorológicas eram lidas, mas depois, a partir de 1 de Novembro de 1962, passaram a ser apresentadas por meteorologistas que se deslocavam ao estúdio.
Formado em Ciências Geofísicas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Anthímio de Azevedo não fez logo parte dos primeiros senhores do tempo que, a partir de 1961, começaram a apresentar na RTP o Boletim Meteorológico. A sua chegada aos ecrãs deu-se um pouco depois, em 1964, mas é dele que muitos guardam hoje memória: aliada à novidade que a televisão ainda era na altura, a forma comunicativa com que apresentava o tempo contribuiu para essa popularidade.
(Público - Portugal) Durante anos a fio, primeiro a preto e branco e depois a cores, entrou nas casas dos portugueses à hora de jantar, na altura do Telejornal, para dizer o tempo que ia fazer no dia seguinte. Anthímio de Azevedo faz parte da memória colectiva portuguesa, tal como o próprio anticiclone dos Açores, de que o meteorologista tanto falava na apresentação do Boletim Meteorológico. Nasceu em 1926 na terra do anticiclone, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, e morreu esta segunda-feira aos 88 anos.
A história de Anthímio de Azevedo cruza-se com a da própria televisão. A Radiotelevisão Portuguesa (RTP) tinha sido inaugurada em 1956 e, cinco anos depois, o Telejornal passou a ter um serviço de meteorologia, tal como outras estações europeias. Iniciou-se assim uma longa colaboração entre a RTP e o Serviço Meteorológico Nacional e o seu sucessor, o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica. No início, as previsões meteorológicas eram lidas, mas depois, a partir de 1 de Novembro de 1962, passaram a ser apresentadas por meteorologistas que se deslocavam ao estúdio.
Formado em Ciências Geofísicas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Anthímio de Azevedo não fez logo parte dos primeiros senhores do tempo que, a partir de 1961, começaram a apresentar na RTP o Boletim Meteorológico. A sua chegada aos ecrãs deu-se um pouco depois, em 1964, mas é dele que muitos guardam hoje memória: aliada à novidade que a televisão ainda era na altura, a forma comunicativa com que apresentava o tempo contribuiu para essa popularidade.
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Escritório de meteorologia eleva alerta de El Niño
(Reuters/Exame) O Oceano Pacífico na região dos trópicos está mostrando sinais renovados de condições de El Niño, disse nesta terça-feira o Bureau Australiano de Meteorologia.
A agência elevou seu sistema de monitoramento para "alerta" ante "observação", indicando que há pelo menos 70 por cento de chance de ocorrência de El Niño. O fenômeno climático é o aquecimento da água da superfície do Pacífico, que ocorre a cada 4 a 12 anos.
O El Niño pode provocar seca em algumas partes do mundo e chuvas excessivas e enchentes em outras.
O escritório acrescentou que nem todos os indicadores passaram a apontar para o El Niño, mas disse que mesmo que o fenômeno não ocorra com intensidade total, as temperaturas mais elevadas no oceano "aumentam as chances de impactos semelhantes aos do El Niño".
Chuvas no país ficam 20% abaixo do esperado em 2014, segundo Inpe
Região sudeste foi a mais afetada pela falta de chuva em todo o país. Cientistas dizem que não conseguem prever se a seca é temporária.
(G1) Um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que o Brasil registrou uma queda de 20% no volume de chuva neste ano em comparação com a média histórica. No Vale do Paraíba e região bragantina, onde está localizada a maior parte dos reservatórios do sistema Cantareira, as chuvas ficaram 60% abaixo do esperado. Os dados são correspondentes ao volume de chuvas até 31 de outubro.
De acordo com os dados, o Sudeste apresentou os menores índices de chuva do país e, em alguns pontos, a preciptação foi 80% menor do que a média histórica. Segundo os meteorologistas, a estiagem se explica pela predominância de uma massa de ar seco sobre a região, impedindo a chegada de frentes frias que vêm do Sul - principais responsáveis pelas chuvas na região.
Para o pesquisador Carlos Nobre, diretor de políticas e desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, não é possível dizer que o fenômeno tenha relação direta com o desmatamento da Amazônia ou com o aquecimento global.
"Essa seca em particular, ela não foi em uma área pequena ou na cidade de São Paulo, ela foi uma seca imensa, numa área que, se somarmos, é maior que todo território do Brasil. É uma soma de fenômenos complexos, que não temos a explicação completa ", avalia o pesquisador.
Segundo Nobre, mesmo que as chuvas nos próximos meses fiquem dentro da média, as represas do sistema Cantareira e do Rio Paraíba dificilmente voltarão ao nível adequado antes do período de estiagem do ano que vem.
"Qualquer padrão de chuva, que não seja, idealmente, muito acima da média para recompor a água dos reservatórios, tanto para abastecimento humano quanto das hidrelétricas, pode ter um impacto", afirmou Nobre.
Previsão
No Sudeste, 2014 foi o ano mais seco desde que os pesquisadores começaram a fazer as medições de chuva, há 80 anos. Diante do cenário, cientistas também não conseguem prever se o fenômeno é temporário ou se o período de seca se estenderá.
"Como são fenômenos muito dinâmicos, a gente não consegue prever a frequência de passagem dessas frentes frias ao longo de meses, por exemplo. Por isso é que não conseguimos fazer uma previsão com meses de antecedência do volume de chuvas ou do estado da temperatura na região Sudeste do Brasil", explicou o meteorologista do Inpe Gilvan Sampaio.
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Matéria com vídeo aqui
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E mais:
Mudanças climáticas aumentarão estiagem no Centro-Sul do país (O Globo)
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De acordo com os dados, o Sudeste apresentou os menores índices de chuva do país e, em alguns pontos, a preciptação foi 80% menor do que a média histórica. Segundo os meteorologistas, a estiagem se explica pela predominância de uma massa de ar seco sobre a região, impedindo a chegada de frentes frias que vêm do Sul - principais responsáveis pelas chuvas na região.
Para o pesquisador Carlos Nobre, diretor de políticas e desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, não é possível dizer que o fenômeno tenha relação direta com o desmatamento da Amazônia ou com o aquecimento global.
"Essa seca em particular, ela não foi em uma área pequena ou na cidade de São Paulo, ela foi uma seca imensa, numa área que, se somarmos, é maior que todo território do Brasil. É uma soma de fenômenos complexos, que não temos a explicação completa ", avalia o pesquisador.
Segundo Nobre, mesmo que as chuvas nos próximos meses fiquem dentro da média, as represas do sistema Cantareira e do Rio Paraíba dificilmente voltarão ao nível adequado antes do período de estiagem do ano que vem.
"Qualquer padrão de chuva, que não seja, idealmente, muito acima da média para recompor a água dos reservatórios, tanto para abastecimento humano quanto das hidrelétricas, pode ter um impacto", afirmou Nobre.
Previsão
No Sudeste, 2014 foi o ano mais seco desde que os pesquisadores começaram a fazer as medições de chuva, há 80 anos. Diante do cenário, cientistas também não conseguem prever se o fenômeno é temporário ou se o período de seca se estenderá.
"Como são fenômenos muito dinâmicos, a gente não consegue prever a frequência de passagem dessas frentes frias ao longo de meses, por exemplo. Por isso é que não conseguimos fazer uma previsão com meses de antecedência do volume de chuvas ou do estado da temperatura na região Sudeste do Brasil", explicou o meteorologista do Inpe Gilvan Sampaio.
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terça-feira, 18 de novembro de 2014
'Arco-íris de fogo' é registrado no céu de Joaçaba, no Oeste catarinense
Fenômeno raro tem como nome técnico arco circum-horizontal. Arco-íris foi registrado na tarde desta quinta (13) no município.
(G1) Um fenômeno raro foi registrado na tarde desta quinta-feira (13) no céu do município de Joaçaba, no Oeste catarinense. Em meio às nuvens carregadas, uma área extensa colorida tomou o céu da cidade. Segundo reportagem da RBS TV, o fenômeno é popularmente conhecido como 'arco-íris de fogo'.
O nome técnico é arco circum-horizontal, um halo de gelo formado por cristais em nuvens chamadas cirrus. O halo é tão grande que o arco aparece em paralelo ao horizonte. As condições necessárias para formar um 'arco-íris de fogo' são muito precisas. O sol tem que estar a uma altitude específica.
Além disso, deve haver nuvens cirrus de alta altitude com cristais de gelo em forma de placa. A luz solar precisa entrar nos cristais de gelo em um determinado ângulo, por isso o fenômeno é considerado tão raro.
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Matéria com vídeo aqui
(G1) Um fenômeno raro foi registrado na tarde desta quinta-feira (13) no céu do município de Joaçaba, no Oeste catarinense. Em meio às nuvens carregadas, uma área extensa colorida tomou o céu da cidade. Segundo reportagem da RBS TV, o fenômeno é popularmente conhecido como 'arco-íris de fogo'.
O nome técnico é arco circum-horizontal, um halo de gelo formado por cristais em nuvens chamadas cirrus. O halo é tão grande que o arco aparece em paralelo ao horizonte. As condições necessárias para formar um 'arco-íris de fogo' são muito precisas. O sol tem que estar a uma altitude específica.
Além disso, deve haver nuvens cirrus de alta altitude com cristais de gelo em forma de placa. A luz solar precisa entrar nos cristais de gelo em um determinado ângulo, por isso o fenômeno é considerado tão raro.
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segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Tempestade e frio
(UOL) Satélite da Nasa (agência espacial americana) captura tempestade que trouxe frio para os Estados Unidos e o Canadá. A imagem mostra a neve nas montanhas rochosas da região.
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Fenômeno raro é registrado no céu de Fortaleza
Segundo especialista, o fenômeno se dá pela interação de cristais de gelo e/ou gotículas de água presentes na nuvem com a luz do sol
(Terra) Manchas no céu chamaram a atenção de moradores de Fortaleza, no Ceará, no dia 4 de novembro. Nesta quarta-feira, dias após fotografar as nuvens no bairro Farias Brito, a leitora Christine Leão analisou as imagens e percebeu que o colorido, na verdade, era uma irisação, um fenômeno considerado raro.
Após contato do Terra com a agência Climatempo, a meteorologista Bianca Lobo confirmou a ocorrência da irisação. Segundo a especialista, o fenômeno se dá quando os cristais de gelo e/ou gotículas de água presentes na nuvem interagem com a luz do sol, que pode ser refletida ou absorvida, gerando esse efeito no céu.
Bianca informou que halos solares e arco-íris são gerados pelo mesmo processo físico. A meteorologista explicou ainda que o fenômeno é raro, pois depende do ângulo dos raios solares com relação à nuvem para acontecer.
Quanto à ocorrência da irisação em outros pontos do Brasil no mesmo dia, a especialista esclareceu que só poderia confirmar se alguma outra pessoa tivesse feito um registro. De acordo com Bianca, não é possível analisar o fenômeno apenas por imagens de satélite, nem prevê-lo.
(Terra) Manchas no céu chamaram a atenção de moradores de Fortaleza, no Ceará, no dia 4 de novembro. Nesta quarta-feira, dias após fotografar as nuvens no bairro Farias Brito, a leitora Christine Leão analisou as imagens e percebeu que o colorido, na verdade, era uma irisação, um fenômeno considerado raro.
Após contato do Terra com a agência Climatempo, a meteorologista Bianca Lobo confirmou a ocorrência da irisação. Segundo a especialista, o fenômeno se dá quando os cristais de gelo e/ou gotículas de água presentes na nuvem interagem com a luz do sol, que pode ser refletida ou absorvida, gerando esse efeito no céu.
Bianca informou que halos solares e arco-íris são gerados pelo mesmo processo físico. A meteorologista explicou ainda que o fenômeno é raro, pois depende do ângulo dos raios solares com relação à nuvem para acontecer.
Quanto à ocorrência da irisação em outros pontos do Brasil no mesmo dia, a especialista esclareceu que só poderia confirmar se alguma outra pessoa tivesse feito um registro. De acordo com Bianca, não é possível analisar o fenômeno apenas por imagens de satélite, nem prevê-lo.
Mudança do clima pode aumentar em 50% a ocorrência de raios no mundo
'As tempestades elétricas ficarão mais explosivas', diz autor de estudo. O Brasil ocupa o 1º lugar na incidência de raios, com 57,8 milhões ao ano.
(G1) Um estudo de cientistas americanos, publicado na revista "Science", sugere que as mudanças climáticas farão crescer a ocorrência de raios em 50% até o fim deste século. A análise se baseia em medições de precipitação e flutuabilidade das nuvens, aplicadas a 11 diferentes modelos climáticos que estimam a elevação da temperatura no planeta até 2100.
"Com o aquecimento, as tempestades elétricas ficarão mais explosivas", afirmou à France Presse o climatologista David Romps, da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
"O aquecimento aumenta a concentração de vapor d'água na atmosfera e, se você tem mais combustível em volta, quando a ignição ocorre, pode ser das grandes", comparou.
Estimativas anteriores de como os relâmpagos seriam afetados pelo aumento das temperaturas usaram técnicas indiretas, sem ligação direta com as precipitações. O resultado foi uma faixa variando de 5% a 100% mais raios para cada grau Celsius de elevação.
A pesquisa atual se baseia na energia disponível para fazer subir o ar na atmosfera, combinada com as taxas de precipitação. A energia potencial disponível para convecção (ou Cape, na sigla em inglês) é medida por radiossondas, instrumentos colocados a bordo de balões meteorológicos. "A Cape é uma medida de quão potencialmente explosiva está a atmosfera", explica Romps. "Nós achamos que o produto da precipitação e a Cape ajudariam a prever (a ocorrência de) raios", continuou.
O Brasil ocupa o 1º lugar na incidência de raios, com 57,8 milhões de ocorrências por ano, seguido da República Democrática do Congo, com 43,2 milhões
Previsão dos raios
Usando dados do Serviço Meteorológico dos Estados Unidos, os cientistas descobriram que é possível prever 77% da incidência da descarga elétrica conhecendo as taxas de precipitação e o método Cape.
Quando os parâmetros foram aplicados nos modelos climáticos, os cientistas descobriram que cada grau Celsius a mais na média global da temperatura do ar pode representar cerca de 12% mais quedas de raios. Se as temperaturas aumentarem quatro graus Celsius até o fim do século, isto representaria um aumento de quase 50% na queda de raios.
Mais raios aumentam os riscos para as pessoas - que são feridas ou até mesmo mortas quando atingidas - e ainda podem causar um efeito devastador em florestas e espécies animais e vegetais. Uma maior ocorrência de descargas provocaria mais incêndios em áreas de mata seca, matando aves e outras criaturas silvestres, e ameaçando quem vive perto.
O Brasil ocupa o primeiro lugar na incidência de raios, com 57,8 milhões de ocorrências por ano, seguido pela República Democrática do Congo, com 43,2 milhões, pelos Estados Unidos, com 35 milhões, pela Austrália, com 31,2 milhões, China, com 28 milhões e Índia, com 26,9 milhões. Os dados são do Grupo de Eletricidade Atmosférica, o Elat, núcleo do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Perigo que vem do céu
Levantamento feito pela organização, a partir de dados da Defesa Civil, do Ministério da Saúde e reportagens veículadas em jornais aponta que 2.640 pessoas de todo o país morreram atingidas por descargas entre 1991 e 2010.
No mesmo período, segundo o Atlas Brasileiro de Desastres Naturais, divulgado em 2012 pelo Centro universitário de estudos e pesquisas sobre desastres (Ceped), ligado à Universidade Federal de Santa Catarina, morreram 2.475 brasileiros vítimas de enchentes de deslizamentos de terra.
Os números de mortes por raios podem aumentar no futuro caso se eleve a incidência de raios no país, possibilidade que pode acontecer devido à urbanização e aos efeitos da mudança climática, provocada pelo aumento da temperatura global.
Cidades médias (500 mil habitantes) e grandes metrópoles poderão se tornar alvos frequentes de raios devido às ilhas de calor, fenômeno responsável pela sensação de abafamento e resultante do processo de adensamento urbano e impermeabilização do solo.
Materiais como asfalto, concreto armado, cimento e o excesso de prédios dificultam a circulação do ar, o que faz com que o calor se concentre em determinados pontos.
Raios ascendentes
A urbanização também pode provocar o fenômeno dos raios ascendentes, descargas que saem de objetos no solo e seguem em direção ao céu. Em São Paulo, por exemplo, esses "disparos" foram registrados várias vezes este ano no Pico do Jaraguá e na Avenida Paulista.
Os raios ascendentes foram identificados no Brasil pela primeira vez em 2012 e só existem devido à ocupação das cidades, que têm passado por um processo intenso de verticalização, com a construção de edifícios altos que ficam ainda maiores quando instalam-se no alto deles torres de transmissão de rádio e televisão.
Com isso, os “arranha-céus” ficam com tamanhos superiores a cem metros de altura e se tornam “berços ideais” para que o fenômeno ocorra.
O topo das torres de transmissão ou de energia, normalmente metálicas e com para-raios instalados, concentra uma alta carga elétrica negativa nas pontas. Quando uma nuvem de tempestade, carregada de partículas positivas, se aproxima desses pontos, pode promover uma interação que faz as partículas elétricas concentradas nas torres em terra liberarem uma descarga em direção ao céu. Esse raio chega a medir 2 km de comprimento e, quando encontra a base da nuvem de tempestade, forma ramificações que lembram raízes.
Ainda não se sabe sua potência e intensidade. Mas descargas elétricas normalmente atingem o solo com 100 milhões de volts. Já a intensidade da corrente de um raio é, em média, de 30 mil ampères. Para se ter uma ideia, essa corrente é mil vezes mais intensa do que a de um chuveiro elétrico.
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Matéria com infográfico e vídeo aqui
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Matéria similar no UOL
(G1) Um estudo de cientistas americanos, publicado na revista "Science", sugere que as mudanças climáticas farão crescer a ocorrência de raios em 50% até o fim deste século. A análise se baseia em medições de precipitação e flutuabilidade das nuvens, aplicadas a 11 diferentes modelos climáticos que estimam a elevação da temperatura no planeta até 2100.
"Com o aquecimento, as tempestades elétricas ficarão mais explosivas", afirmou à France Presse o climatologista David Romps, da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
"O aquecimento aumenta a concentração de vapor d'água na atmosfera e, se você tem mais combustível em volta, quando a ignição ocorre, pode ser das grandes", comparou.
Estimativas anteriores de como os relâmpagos seriam afetados pelo aumento das temperaturas usaram técnicas indiretas, sem ligação direta com as precipitações. O resultado foi uma faixa variando de 5% a 100% mais raios para cada grau Celsius de elevação.
A pesquisa atual se baseia na energia disponível para fazer subir o ar na atmosfera, combinada com as taxas de precipitação. A energia potencial disponível para convecção (ou Cape, na sigla em inglês) é medida por radiossondas, instrumentos colocados a bordo de balões meteorológicos. "A Cape é uma medida de quão potencialmente explosiva está a atmosfera", explica Romps. "Nós achamos que o produto da precipitação e a Cape ajudariam a prever (a ocorrência de) raios", continuou.
O Brasil ocupa o 1º lugar na incidência de raios, com 57,8 milhões de ocorrências por ano, seguido da República Democrática do Congo, com 43,2 milhões
Previsão dos raios
Usando dados do Serviço Meteorológico dos Estados Unidos, os cientistas descobriram que é possível prever 77% da incidência da descarga elétrica conhecendo as taxas de precipitação e o método Cape.
Quando os parâmetros foram aplicados nos modelos climáticos, os cientistas descobriram que cada grau Celsius a mais na média global da temperatura do ar pode representar cerca de 12% mais quedas de raios. Se as temperaturas aumentarem quatro graus Celsius até o fim do século, isto representaria um aumento de quase 50% na queda de raios.
Mais raios aumentam os riscos para as pessoas - que são feridas ou até mesmo mortas quando atingidas - e ainda podem causar um efeito devastador em florestas e espécies animais e vegetais. Uma maior ocorrência de descargas provocaria mais incêndios em áreas de mata seca, matando aves e outras criaturas silvestres, e ameaçando quem vive perto.
O Brasil ocupa o primeiro lugar na incidência de raios, com 57,8 milhões de ocorrências por ano, seguido pela República Democrática do Congo, com 43,2 milhões, pelos Estados Unidos, com 35 milhões, pela Austrália, com 31,2 milhões, China, com 28 milhões e Índia, com 26,9 milhões. Os dados são do Grupo de Eletricidade Atmosférica, o Elat, núcleo do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Perigo que vem do céu
Levantamento feito pela organização, a partir de dados da Defesa Civil, do Ministério da Saúde e reportagens veículadas em jornais aponta que 2.640 pessoas de todo o país morreram atingidas por descargas entre 1991 e 2010.
No mesmo período, segundo o Atlas Brasileiro de Desastres Naturais, divulgado em 2012 pelo Centro universitário de estudos e pesquisas sobre desastres (Ceped), ligado à Universidade Federal de Santa Catarina, morreram 2.475 brasileiros vítimas de enchentes de deslizamentos de terra.
Os números de mortes por raios podem aumentar no futuro caso se eleve a incidência de raios no país, possibilidade que pode acontecer devido à urbanização e aos efeitos da mudança climática, provocada pelo aumento da temperatura global.
Cidades médias (500 mil habitantes) e grandes metrópoles poderão se tornar alvos frequentes de raios devido às ilhas de calor, fenômeno responsável pela sensação de abafamento e resultante do processo de adensamento urbano e impermeabilização do solo.
Materiais como asfalto, concreto armado, cimento e o excesso de prédios dificultam a circulação do ar, o que faz com que o calor se concentre em determinados pontos.
Raios ascendentes
A urbanização também pode provocar o fenômeno dos raios ascendentes, descargas que saem de objetos no solo e seguem em direção ao céu. Em São Paulo, por exemplo, esses "disparos" foram registrados várias vezes este ano no Pico do Jaraguá e na Avenida Paulista.
Os raios ascendentes foram identificados no Brasil pela primeira vez em 2012 e só existem devido à ocupação das cidades, que têm passado por um processo intenso de verticalização, com a construção de edifícios altos que ficam ainda maiores quando instalam-se no alto deles torres de transmissão de rádio e televisão.
Com isso, os “arranha-céus” ficam com tamanhos superiores a cem metros de altura e se tornam “berços ideais” para que o fenômeno ocorra.
O topo das torres de transmissão ou de energia, normalmente metálicas e com para-raios instalados, concentra uma alta carga elétrica negativa nas pontas. Quando uma nuvem de tempestade, carregada de partículas positivas, se aproxima desses pontos, pode promover uma interação que faz as partículas elétricas concentradas nas torres em terra liberarem uma descarga em direção ao céu. Esse raio chega a medir 2 km de comprimento e, quando encontra a base da nuvem de tempestade, forma ramificações que lembram raízes.
Ainda não se sabe sua potência e intensidade. Mas descargas elétricas normalmente atingem o solo com 100 milhões de volts. Já a intensidade da corrente de um raio é, em média, de 30 mil ampères. Para se ter uma ideia, essa corrente é mil vezes mais intensa do que a de um chuveiro elétrico.
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quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Brilha, brilha, nuvenzinha
Você sabia que existem nuvens que brilham durante a noite?
(Ciência Hoje das Crianças) Se você gosta de observar o céu, já deve ter visto nuvens de todas as formas: parecidas com animais, semelhantes a monstros, que lembram naves espaciais… Mas o que acharia de avistar nuvens prateadas e que, ainda por cima, brilham no escuro?
Embora pareça estranho, nuvens assim existem e ainda hoje são um grande mistério para os cientistas. Elas foram observadas pela primeira vez em 1885, mas até hoje não se sabe ao certo do que são formadas. Seu brilho prateado e azul pode ser visto, em algumas partes do mundo, antes do nascer e depois do pôr do sol, ou até de madrugada.
Chamadas de noctilucentes ou nuvens de brilho noturno, elas costumam ficar a mais de 80 quilômetros da superfície, em uma das regiões mais externas da atmosfera terrestre (a Mesosfera) e podem ocupar milhares de quilômetros quadrados.
Mas como essas nuvens podem brilhar no escuro? Como a Terra é redonda, algum tempo após o nascer e o pôr do sol, quando está escuro aqui na superfície, o sol ainda ilumina camadas mais altas da atmosfera. As nuvens brilhantes aparecem nessa camada superior e são formadas sobretudo, por cristais de gelo que, ao serem atingidos pela luz solar, a refletem. Essa luz chega até nós e vemos a imagem da nuvem brilhando no escuro, pois é noite na superfície da Terra.
Muitas vezes, porém, esse brilho pode se estender até depois da meia-noite, quando o pôr do sol já passou faz tempo. Sabe por quê? As nuvens de brilho noturno só existem em regiões acima de 45° de latitude, mais ao norte e ao sul do planeta, onde a inclinação do eixo de rotação da Terra faz com que a parte superior da atmosfera permaneça iluminada por horas após o anoitecer na superfície. Assim, a luz do sol banha as nuvens o tempo todo e elas brilham mesmo de madrugada.
Infelizmente, o Brasil se situa em latitudes muito baixas – ou seja, em regiões próximas ao Equador – e não existem nuvens desse tipo por aqui. Os melhores locais para observá-las são o norte do Canadá, da Europa e da Ásia, especialmente entre junho e agosto, quando é verão por lá, a noite tem duração menor e o Sol fica mais alto no céu.
Mas, de qualquer forma, não há como negar que o mistério em torno delas é empolgante! Afinal, fora o gelo, ninguém sabe ao certo que outras partículas as formam – muitos cientistas acreditam que elas possuam até poeira espacial, por estarem tão na bordinha da nossa atmosfera. Além disso, a origem do gelo também é um enigma, já que a Mesosfera, apesar de muito fria (sua temperatura passa dos 120°C negativos!), também é muito seca: ou seja, tem pouca água.
Os cientistas desconfiam de que a atividade humana – que leva à emissão de gases poluentes, por exemplo – pode estar ligada ao aumento do número e do brilho dessas nuvens, registrados nos últimos anos. Será?
(Ciência Hoje das Crianças) Se você gosta de observar o céu, já deve ter visto nuvens de todas as formas: parecidas com animais, semelhantes a monstros, que lembram naves espaciais… Mas o que acharia de avistar nuvens prateadas e que, ainda por cima, brilham no escuro?
Embora pareça estranho, nuvens assim existem e ainda hoje são um grande mistério para os cientistas. Elas foram observadas pela primeira vez em 1885, mas até hoje não se sabe ao certo do que são formadas. Seu brilho prateado e azul pode ser visto, em algumas partes do mundo, antes do nascer e depois do pôr do sol, ou até de madrugada.
Chamadas de noctilucentes ou nuvens de brilho noturno, elas costumam ficar a mais de 80 quilômetros da superfície, em uma das regiões mais externas da atmosfera terrestre (a Mesosfera) e podem ocupar milhares de quilômetros quadrados.
Mas como essas nuvens podem brilhar no escuro? Como a Terra é redonda, algum tempo após o nascer e o pôr do sol, quando está escuro aqui na superfície, o sol ainda ilumina camadas mais altas da atmosfera. As nuvens brilhantes aparecem nessa camada superior e são formadas sobretudo, por cristais de gelo que, ao serem atingidos pela luz solar, a refletem. Essa luz chega até nós e vemos a imagem da nuvem brilhando no escuro, pois é noite na superfície da Terra.
Muitas vezes, porém, esse brilho pode se estender até depois da meia-noite, quando o pôr do sol já passou faz tempo. Sabe por quê? As nuvens de brilho noturno só existem em regiões acima de 45° de latitude, mais ao norte e ao sul do planeta, onde a inclinação do eixo de rotação da Terra faz com que a parte superior da atmosfera permaneça iluminada por horas após o anoitecer na superfície. Assim, a luz do sol banha as nuvens o tempo todo e elas brilham mesmo de madrugada.
Infelizmente, o Brasil se situa em latitudes muito baixas – ou seja, em regiões próximas ao Equador – e não existem nuvens desse tipo por aqui. Os melhores locais para observá-las são o norte do Canadá, da Europa e da Ásia, especialmente entre junho e agosto, quando é verão por lá, a noite tem duração menor e o Sol fica mais alto no céu.
Mas, de qualquer forma, não há como negar que o mistério em torno delas é empolgante! Afinal, fora o gelo, ninguém sabe ao certo que outras partículas as formam – muitos cientistas acreditam que elas possuam até poeira espacial, por estarem tão na bordinha da nossa atmosfera. Além disso, a origem do gelo também é um enigma, já que a Mesosfera, apesar de muito fria (sua temperatura passa dos 120°C negativos!), também é muito seca: ou seja, tem pouca água.
Os cientistas desconfiam de que a atividade humana – que leva à emissão de gases poluentes, por exemplo – pode estar ligada ao aumento do número e do brilho dessas nuvens, registrados nos últimos anos. Será?
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Cinegrafista captura trombas d'água gêmeas na Itália
O fenômeno natural, ocorrido em Liguria, não atingiu terra firme.
(BBC/G1) Um cinegrafista amador conseguiu capturar imagens de duas trombas d'água gêmeas.
O fenômeno natural ocorreu em Liguria, na Itália.
As trombas d'água se dissiparam antes de tocarem a terra firme.
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(BBC/G1) Um cinegrafista amador conseguiu capturar imagens de duas trombas d'água gêmeas.
O fenômeno natural ocorreu em Liguria, na Itália.
As trombas d'água se dissiparam antes de tocarem a terra firme.
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sexta-feira, 7 de novembro de 2014
Tufão visto do espaço
(UOL) A imagem de satélite, divulgada pela Nasa (agência espacial americana), mostra o tufão Nuri, no ocidente do oceano Pacífico. O satélite da agência espacial observou a evolução do fenômeno que no dia 1º de novembro era um ciclone tropical e agora virou um tufão.
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Neve antes do inverno
(UOL) Uma poderosa frente com origens em Manitoba, no Canadá, levou neve e geada para a Flórida, em regiões que às vezes não há neve nem no inverno. A imagem, obtida por um satélite da Nasa (agência espacial americana), mostra o sul da cordilheira dos Apalaches, ao longo da fronteira do Tennessee, que também apresentou neve.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Seca em SP aumentou interesse pelo assunto, dizem meteorologistas
(Folha) Papo de elevador em um prédio da região central, na última segunda (27): "Pô, Nazário! Choveu bem quando eu saí para votar". Nazário, no caso, é o sobrenome de Adilson, 64, que, sem tempo ruim, responde:
"Eu, que sabia o horário que ia chover, fui votar antes", gaba-se, com bom humor. Como técnico em meteorologia, ele tem escutado cada vez mais esse tipo de brincadeira, principalmente nos últimos meses, em que a escassez de água é o assunto da estação. E leva na boa.
O catarinense integra há 14 anos a equipe de três profissionais de previsão do tempo do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências). Fundado em 1999, é o órgão da Prefeitura de São Paulo responsável por monitorar as condições meteorológicas. De sua sala saem informações e alertas, quando necessários, para instituições como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e subprefeituras -eles chegaram a treinar agentes da CET para saber identificar nuvens.
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Fenômeno raro cria arco-íris dentro de nuvem na Austrália
Alteração das nuvens, conhecida como "fallstreak hole" ficou visível para todos os moradores do estado de Victória
(ABC/Terra) O céu de Gippsland, uma grande zona rural em Victória, na Austrália, foi tomado por um fenômeno impressionante e raro. A alteração das nuvens, conhecida como "fallstreak hole" ficou visível para todos os moradores da região. As informações são do site ABC News e do jornal The Huffington Post.
Segundo as publicações, o fenômeno acontece quando a temperatura da água das nuvens fica abaixo de zero, mas a água não congela imediatamente, devido a falta de partículas de nucleação de gelo no céu.
Quando os cristais de gelo se formam, eles fazem com que as gotículas de água em torno dos critais evaporem, deixando um grande "buraco" na nuvem. Junto a isso, forma-se um arco-íris.
As fotos divulgadas foram tiradas por volta das 13h, no horário local (perto das 0h no horário de Brasília), nesta segunda-feira.
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Matéria similar no O Globo
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(ABC/Terra) O céu de Gippsland, uma grande zona rural em Victória, na Austrália, foi tomado por um fenômeno impressionante e raro. A alteração das nuvens, conhecida como "fallstreak hole" ficou visível para todos os moradores da região. As informações são do site ABC News e do jornal The Huffington Post.
Segundo as publicações, o fenômeno acontece quando a temperatura da água das nuvens fica abaixo de zero, mas a água não congela imediatamente, devido a falta de partículas de nucleação de gelo no céu.
Quando os cristais de gelo se formam, eles fazem com que as gotículas de água em torno dos critais evaporem, deixando um grande "buraco" na nuvem. Junto a isso, forma-se um arco-íris.
As fotos divulgadas foram tiradas por volta das 13h, no horário local (perto das 0h no horário de Brasília), nesta segunda-feira.
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segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Balões caçam partículas no ar para estudar formação de chuva
Aerossóis na Amazônia
(Agência Fapesp/Inovação Tecnológica) Pesquisadores brasileiros e norte-americanos estão utilizando torres e balões para medir a distribuição vertical dos aerossóis e de núcleos de condensação de nuvens na Camada Limite Atmosférica (CLA) da Amazônia.
Aerossóis são materiais particulados presentes na atmosfera, que podem vir de fontes primárias - sejam elas naturais, como poeiras de desertos ou erupções vulcânicas, ou antropogênicas, derivadas de queimadas ou combustão fóssil - ou de fontes secundárias, resultantes de mecanismos de condensação de produtos gasosos, como aerossóis de sulfato, de nitrato ou orgânicos.
O projeto vem sendo conduzido em duas regiões na Amazônia Central: uma com ar e paisagem de floresta primitiva e outra próxima à cidade de Manaus, que é influenciada pela poluição.
Um dos objetivos do projeto é entender melhor como a cobertura florestal pode influenciar a formação de nuvens, especialmente como o ar da camada limite é injetado na camada de nuvens, e como esses processos são alterados sob a influência da poluição de uma cidade como Manaus.
"Além das torres de fluxo, utilizamos balões presos em cordas, o que representa um aspecto muito interessante do projeto, uma vez que isso permite fazer uma ponte para cobrir a lacuna entre as medidas da superfície, feitas nas torres, com as obtidas pelos balões", disse Celso von Randow, do INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais).
"Estamos investigando o perfil completo dos aerossóis pela CLA [Camada Limite Atmosférica] e trabalhamos com modelagem computacional para analisar o transporte turbulento desses elementos pelas camadas de nuvens", completou.
Turbulência
Os pesquisadores já realizaram medições com balão em uma área ocupada por floresta primitiva. O balão pode atingir 1.800 metros de altitude. Em breve, será adquirido um segundo balão, para medições em outro sítio.
Estão também sendo usados outros instrumentos, como anemômetros sonoros, para medir a turbulência, além da combinação dos dados com medições obtidas por outros projetos, de modo a conseguir resultados mais completos.
"Muito desse esforço é feito para entender a estrutura da turbulência na floresta, isto é, como a floresta realmente influencia o fluxo de ar por entre as copas das árvores e acima delas. Como queremos compreender melhor a química atmosférica e a formação de aerossóis, temos feito muitas medições. Instalamos sensores para ozônio, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio e hidrocarbonetos. Temos também medido aerossóis e como essas partículas se tornam os núcleos de condensação das nuvens", disse Randow.
"Com o balão, avaliamos ainda as condições termodinâmicas na Camada Limite Atmosférica. Os resultados de todas essas medições são combinados com simulações computacionais em alta resolução, o que permite estudar o ciclo completo dos gases e partículas na CLA, desde a emissão até o transporte para a camada de nuvens", disse.
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