Satélite geoestacionário GOES-10 antes de ser colocado em órbita, quando ainda mantinha a designação GOES-K.
Imagem captada da América do Sul no dia 25 de novembro de 2009 mostra uma frente fria em aproximação ao Rui Grande do Sul. Créditos: NOAA/GOES/INPE-CPTEC-DSA/APOLO11.
(Apolo11) Os institutos de previsão do tempo do Brasil e da América do Sul não vão poder mais contar com as informações geradas diariamente pelo satélite ambiental Goes 10. De acordo com a Agência Atmosférica e Oceânica dos EUA, NOAA, o satélite será desativado até o fim de dezembro, uma vez que seu combustível chegou ao fim.
Lançado em 1997 com o objetivo de substituir o satélite GOES-9 no monitoramento do clima sobre a costa oeste dos EUA, o Goes 10 foi substituído em 2006 pelo seu gêmeo GOES 11 e até agora tem sido mantido como equipamento de backup no caso de falha dos satélites GOES 11 e GOES 12, os mais importantes satélites de monitoramento sobre os EUA.
Na função de reserva, o satélite foi movido pelo governo americano para a longitude de 60 graus oeste, acima da divisa entre Roraima e o Amazonas e se tornou o principal equipamento de monitoramento das condições do clima na América do Sul e Brasil.
Ao contrário do que foi publicado em sites não especializados, os EUA não vão derrubar o satélite. O artefato está posicionado a 36 mil km de altitude acima da linha do equador e antes que esgote sua fonte de combustível será elevado algumas centenas de quilômetros, em uma região conhecida como cemitério de lixo espacial. Ali, devido ao arrasto na atmosfera ser muito menor que nas baixas altitudes, o GOES-10 levará milhares de anos para retornar à Terra, além de não representar riscos de colisão com outros equipamentos em órbita.
Consequências
Depois que for desativado, o Brasil voltará a utilizar as imagens geradas pelo satélite GOES 12, localizado acima do meridiano 75 W (sobre a tríplice fronteira entre Peru, Equador e Colômbia) e otimizado para registrar as condições climáticas da costa leste dos EUA e Caribe.
Lançado em 1997 com o objetivo de substituir o satélite GOES-9 no monitoramento do clima sobre a costa oeste dos EUA, o Goes 10 foi substituído em 2006 pelo seu gêmeo GOES 11 e até agora tem sido mantido como equipamento de backup no caso de falha dos satélites GOES 11 e GOES 12, os mais importantes satélites de monitoramento sobre os EUA.
Na função de reserva, o satélite foi movido pelo governo americano para a longitude de 60 graus oeste, acima da divisa entre Roraima e o Amazonas e se tornou o principal equipamento de monitoramento das condições do clima na América do Sul e Brasil.
Ao contrário do que foi publicado em sites não especializados, os EUA não vão derrubar o satélite. O artefato está posicionado a 36 mil km de altitude acima da linha do equador e antes que esgote sua fonte de combustível será elevado algumas centenas de quilômetros, em uma região conhecida como cemitério de lixo espacial. Ali, devido ao arrasto na atmosfera ser muito menor que nas baixas altitudes, o GOES-10 levará milhares de anos para retornar à Terra, além de não representar riscos de colisão com outros equipamentos em órbita.
Consequências
Depois que for desativado, o Brasil voltará a utilizar as imagens geradas pelo satélite GOES 12, localizado acima do meridiano 75 W (sobre a tríplice fronteira entre Peru, Equador e Colômbia) e otimizado para registrar as condições climáticas da costa leste dos EUA e Caribe.
Com a troca, o Brasil perderá a agilidade necessária na observação do tempo. Enquanto o satélite Goes 10 envia imagens ao país com intervalo de 15 minutos, o Goes 12 transmite imagens de três em três horas dessa parte do hemisfério, tornando as decisões sobre as mudanças do tempo mais complexas e sujeitas a mais erros.
Segundo o coordenador do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Inpe, Luis Augusto Machado, o monitoramento do tempo em algumas áreas será severamente prejudicado. “Os satélites geram informações digitais que são transformadas em dados, como campos de vento, estimativa de preciptação, detecção de queimadas e outros. Com a mudança, todas essas aplicações ficarão comprometidas”, explicou.
Atualmente, o índice de acerto da previsão do tempo no Brasil não supera 85%, mas sem ajuda do Goes 10 esse número poderá cair até para 45%.
Dependência
Apesar dos EUA não cobrarem pelo uso das imagens geradas por sua constelação de satélites GOES, a falta de tecnologia e investimento do Brasil no setor nos deixa totalmente dependente dos norte-americanos. A construção de um satélite nacional demoraria entre cinco e seis anos a um custo estimado de R$ 600 milhões, mas o orçamento médio anual da Agência Espacial Brasileira, AEB, nunca ultrapassou os R$ 300 milhões desde 2005.
Resta saber se até a Copa de 2014 ou às Olimpíadas em 2016, o Brasil já terá preenchido essa lacuna espacial, livrando o país de uma dependência tecnológica burra que nem países mais pobres como Índia ou Paquistão possuem.
Segundo o coordenador do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Inpe, Luis Augusto Machado, o monitoramento do tempo em algumas áreas será severamente prejudicado. “Os satélites geram informações digitais que são transformadas em dados, como campos de vento, estimativa de preciptação, detecção de queimadas e outros. Com a mudança, todas essas aplicações ficarão comprometidas”, explicou.
Atualmente, o índice de acerto da previsão do tempo no Brasil não supera 85%, mas sem ajuda do Goes 10 esse número poderá cair até para 45%.
Dependência
Apesar dos EUA não cobrarem pelo uso das imagens geradas por sua constelação de satélites GOES, a falta de tecnologia e investimento do Brasil no setor nos deixa totalmente dependente dos norte-americanos. A construção de um satélite nacional demoraria entre cinco e seis anos a um custo estimado de R$ 600 milhões, mas o orçamento médio anual da Agência Espacial Brasileira, AEB, nunca ultrapassou os R$ 300 milhões desde 2005.
Resta saber se até a Copa de 2014 ou às Olimpíadas em 2016, o Brasil já terá preenchido essa lacuna espacial, livrando o país de uma dependência tecnológica burra que nem países mais pobres como Índia ou Paquistão possuem.
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