segunda-feira, 23 de maio de 2011

IAE recebe Alunos da Escola Brasileira Pioneira na Formação de Meteorologistas


(IAE / Brazilians Space) Dia 18 de maio a Divisão de Ciências Atmosféricas (ACA) recebeu alunos e professores do Centro Federal de Educação Técnica “Celso Suckow da Fonseca” (CEFET-RJ), por muitas décadas a única da América Latina na formação técnica de Meteorologistas.

O grupo formado por 40 estudantes de Meteorologia, acompanhados por uma equipe de Coordenação de Meteorologia, assistiram a palestras no auditório da ACA, sendo apresentados a setores de exposição em visita às instalações na Divisão. As boas vindas foram realizadas pelo chefe da ACA, Ten Cel Pereira.

O professor de Meteorologia do CEFET-RJ Almir Venâncio explica que a finalidade da visita é associar a teoria à prática, principalmente nas informações relativas à instrumentação. “Logo que os alunos chegaram já reconheceram os anemômetros em frente ao prédio”, disse. “A visita é muito importante para motivar e mostrar campos de trabalho nas áreas militar e civil dentro da Aeronáutica Brasileira”.

Na apresentação do pesquisador Gilberto Fisch, formado pela USP e com mestrado e doutorado na área, além da finalidade da Meteorologia, foram ressaltadas a importância da instrumentação para a interpretação dos dados atmosféricos, como a utilização de sensores de campo elétrico e de descarga atmosférica.

A tradição da ACA no estudo da Meteorologia também foi destaque, lembrando que a divisão “mantém um Banco de Dados de Climatologia, com dados de superfície registrados desde 1951”, auxiliando na interpretação dos fenômenos meteorológicos.

A modelagem atmosférica também é muito importante para as análises, um trabalho realizado pelo engenheiro e servidor da ACA, Marcos Oyama. “O modelo MM5 está sendo substituído pelo WRF, uma modelagem regional de futuro para a simulação de convecções no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)”, explica Fisch em sua apresentação.

Segundo Fisch, a ACA também realiza ensaios em Túnel de Vento, simulando eventos da região de Alcântara, um trabalho realizado com o apoio da Divisão de Aerodinâmica do IAE (ALA).

Outro trabalho significativo realizado pela ACA é o acompanhamento de todas as etapas no lançamento de foguetes, prevenindo riscos de descargas elétricas e garantindo um sistema de proteção durante os trabalhos realizados no IAE e no CLA. Segundo o engenheiro Marco Antonio da Silva Ferro, “todas as etapas de lançamento são monitoradas, desde o transporte de propelentes, a montagem do foguete e durante o próprio lançamento”, explica.

Segundo Ferro, a ACA também realiza estudos de fenômenos da Troposfera, camada mais baixa da atmosfera e de maior interesse pela sociedade, pois é o local onde ocorrem os maiores riscos para as nossas atividades. Do total de relâmpagos, 90% ocorrem dentro das nuvens (intranuvens), sendo que os 10% restantes tocam o solo, por nossa sorte”, ressalta. “Os Relâmpagos se propagam através das regiões mais propícias, não havendo como prever o local de seu impacto”.
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