sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Nascer do arco-íris


(UOL) O ESO (Observatório Europeu do Sul) divulgou uma imagem de um arco-íris se formando próximo do telescópio Alma, localizado no deserto do Atacama, no Chile.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Tempestade gera fenômeno raro em Brasília



(Terra) Apesar dos transtornos causados pela tempestade que atingiu o Distrito Federal na noite da última terça-feira, a forte chuva possibilitou o registro de sprites no céu de Brasília. Considerado raro, o fenômeno gerado por descargas elétricas foi fotografado por Carlos Augusto Di Pietro, pesquisador da Bramon (Brazilian Meteor Observation Network).

De acordo com o especialista, os sprites (relâmpagos mesosféricos) se assemelham aos raios comuns, mas, ao invés de atingirem o solo, acontecem na atmosfera. Carlos afirmou que o fenômeno pode chegar a altitudes de até 80 quilômetros acima das nuvens. “Quase no espaço”, explicou.

O pesquisador informou que os sprites não são muito conhecidos porque, normalmente, não são vistos a olho nu. “São muito rápidos, duram milissegundos”, disse. “O primeiro registro ocorreu recentemente, em 1989. Aconteceu casualmente. A imagem foi registrada de um balão, na estratosfera”, completou.

Carlos já havia capturado imagens de sprites antes. Ele afirmou que, quando ocorre uma descarga muito grande de energia de uma nuvem normal, o fenômeno pode ocorrer no topo dela. “A quantidade de energia nesse tipo de descarga é maior do que a que há nos relâmpagos comuns”, comentou.

Apesar de o fenômeno ter ocorrido em Brasília, as imagens foram capturadas em Goiânia, capital de Goiás, por volta das 23h30 de ontem. O aparelho utilizado foi uma câmera de segurança. “Ela tem uma sensibilidade luminosa mais alta. Utilizamos também para a captura de imagem de meteoros. Não é um aparato científico complexo”, brincou. “O que é interessante também é que as formas deles, ao contrário das do raio comum, de zigue-zague, são muito distintas e variam cada vez que eles acontecem”, acrescentou.

Carlos destacou o poder dos sprites e afirmou que eles podem afetar o topo da atmosfera a milhares de quilômetros de distância da origem do raio. O fenômeno produz também uma grande descarga de ozônio quando se forma, gerando um aumento momentâneo da proteção contra os raios ultravioleta. Segundo o pesquisador, ainda não se sabe se ele é prejudicial à aviação, nem se afeta os aparelhos elétricos de alguma maneira.


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Período de janeiro a novembro de 2014 foi o mais quente da história

(AFP/Terra) O período de janeiro a novembro de 2014 foi o mais quente no mundo desde que se começou a fazer o registro das temperaturas, em 1880, anunciou nesta segunda-feira a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).

Mas novembro, em particular, foi o sétimo mês mais quente nos anais climáticos, com 0,65°C acima da média do século XX, acrescentou a agência.

Durante os dez primeiros meses do ano, a temperatura média da superfície dos oceanos e terrestres foi 0,68°C acima da média do século passado. Em seu conjunto, foram os meses mais quentes já registrados, superando em 0,01°C o recorde anterior, de 2005.

Neste ano, "foi o período mais quente de que se tem registro e superou o recorde de calor estabelecido em 2010", indicou a NOAA em seu informe mensal.
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Matéria similar no UOL
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E mais:
2014 pode ter sido o ano mais quente registrado (Scientific American Brasil)


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Fotógrafo registra impressionante brilho ao lado da Lua


(Apolo11) Se você olhar para o céu noturno e observar um brilho estranho e colorido ao lado da Lua, não se engane. Não se trata de um OVNI, cometa ou meteoro. Embora raro, pode ser algo muito mais simples do que você imagina.

A cena apresentada mostra esse estranho brilho na região central da imagem, enquanto ao lado direito vemos a luz da Lua reluzindo intensamente. Abaixo, emoldurando a paisagem temos as cúpulas do Observatório Nacional Kitt Peak, no Arizona. O planeta Júpiter também está presente na cena.

À primeira vista esse estranho brilho colorido parece como um meteoro ou um cometa cruzando o céu, mas nas verdade se trata de um raro e fascinante fenômeno atmosférico conhecido como paraselene, que produz uma espécie de ponto dentro de um halo lunar. Nos EUA esse fenômeno é conhecido como Moon Dog.

A paraselene, nome em latim que significa "ao lado da Lua", é causada pela refração da luz por minúsculos grãos de cristais em formato hexagonal, encontrados no interior de nuvens em grandes altitudes, do tipo cirrus ou cirrostratus.

Esse fenômeno também ocorre ao lado do Sol, ocasião em que recebe o nome de parélio, que significa "ao lado do Sol". No entanto, a paraselene é muito mais rara já que para ocorrer a Lua precisa estar muito brilhante, ou seja cheia ou quase cheia.

Da mesma forma que o parélio, O ponto brilhante pode aparecer ao lado direito ou esquerdo do astro, sempre a 22 graus de distância angular. Quando observada a olho nu, a paraselene apresenta cores mais suaves que as mostradas na foto, que foi ligeiramente saturada para realçar o fenômeno.

Bons céus!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

USP Projeto "Chuva Online" - Prof. Carlos Morales

Com mini radares meteorológicos, USP testa tecnologia de baixo custo para pequenas e grandes cidades

A apenas alguns dias do início do verão, a USP está lançando o projeto Chuva Online, que conta com dois mini radares meteorológicos instalados em prédios da Universidade de São Paulo. O projeto é encabeçado pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, sob a coordenação do professor Carlos Morales.

A cerimônia de lançamento do projeto acontece dia 16 de dezembro, às 10:00, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, onde um dos mini radares foi instalado na caixa d’água da Escola. O outro equipamento foi instalado no topo da torre do Pelletron, no Instituto de Física (IF), na Cidade Universitária.

Um dos objetivos do projeto é testar uma nova tecnologia de monitoramento meteorológico capaz de monitorar a chuva com alta resolução espacial e temporal, muito útil para cidades de pequeno e médio porte. Os mini radares foram configurados para terem um alcance de 21 quilômetros com uma resolução de 90 metros e varreduras a cada 5 minutos.

“É uma tecnologia simples que poderá ser adotada por várias cidades e por empresas que precisam saber onde está chovendo e se existe probabilidade de ocorrer alagamentos em ruas e bairros, por exemplo”, explica o professor Carlos Morales (IAG). Cada equipamento tem custo de cerca de 350 mil reais, enquanto um radar meteorológico convencional pode custar até 5 milhões de reais. Outra vantagem é que o equipamento, com peso de 100 kg, é bastante portátil e pode ser alimentado pela rede elétrica comum.

Juntos, os dois mini radares coletarão informações meteorológicas da Região Metropolitana de São Paulo. Os dados estarão disponíveis em tempo real e online, no portal do projeto que será apresentado durante a inauguração. Na EACH, dois monitores de alta definição exibirão as informações obtidas pelo radar, enquanto no IAG esses dados serão mostrados em um videowall.

O Chuva Online é um dos projetos que compõem o Sistema Integrado de Gestão da Infraestrutura Urbana (SIGINURB) da Prefeitura do Campus da Capital da USP (PUSP-C). Coordenado pelo professor Sidnei Martini (Escola Politécnica da USP), o SIGINURB busca aperfeiçoar a operação da infraestrutura urbana. Com o Chuva Online, a Prefeitura do Campus da Capital testará tecnologias que subsidiam o gerenciamento de pequenas cidades.

Ambos os projetos interagem com ações do Centro de Estudos e Pesquisas em Desastres da USP (CEPED/USP). Com a aprovação do projeto PRÓ-ALERTA do CEPED USP pela Coordenadoria de Aperfeiçoamento em Pessoal de Nível Superior (CAPES), coordenado pelos professores Carlos Morales e Hugo Yoshizaki, a rede do Chuva Online também será utilizada na capacitação de especialistas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e da Defesa Civil do Estado de São Paulo. Com esses radares e essa tecnologia, os cursos de graduação e pós-graduação da USP passam a contar com ferramental importante para capacitar alunos na área de meteorologia por radar, além de viabilizar o desenvolvimento de aplicativos e fazer previsão de tempo de curtíssimo prazo.

O mini radar no IF/USP foi instalado por meio de projeto do IAG com a PUSP-C. Na EACH, foi feita uma parceria do IAG com a empresa Climatempo e a Fundespa. Essa rede de mini radares também passará a receber dados de um terceiro radar meteorológico, a ser instalado no Parque da Água Funda, onde o IAG mantém sua Estação Meteorológica. Esse terceiro radar será operado pela Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH), com apoio do governo francês, e está previsto para ser instalado em fevereiro de 2015.

Durante o evento de inauguração será apresentado ao público o portal Chuva Online e suas funcionalidades em mapas geo-referenciados com alta resolução, além de detalhes sobre os projetos Chuva Online, SIGINURB e CEPED da USP e da Climatempo.

Para mais informações, os interessados podem entrar em contato com o professor Carlos Morales no e-mail: carlos.morales@iag.usp.br e telefone (11) 3091-4713.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Verões extremos serão mais frequentes na Europa

(Efe/Terra) A Europa tem dez vezes mais chances de ter verões com temperaturas extremas em comparação com o final do século passado por causa da mudança climática, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira na revista britânica "Nature Climate Change".

A pesquisa, realizada pela agência de meteorologia britânica (Met Office), revelou que a mudança climática promovida pela ação do ser humano aumentou as probabilidades de se repetirem verões como o na Europa em 2003, quando as temperaturas superaram a média em 2,3 graus.

Para a pesquisa, além de utilizar diferentes métodos estatísticos, os autores compararam dois períodos de tempo, de 1990 a 1999 e de 2003 a 2012, e descobriram que os verões de calor extremo (nos quais as temperaturas superaram em pelo menos 1,6 graus a média histórica) poderiam ser mais frequentes.

Os especialistas assinalaram que as possibilidades de haver um verão com temperaturas semelhantes às de 2003 aumentou de um a cada mil anos para aproximadamente um a cada 127 anos.

O coordenador da pesquisa do Met Office Nikos Christidis, , afirmou que, para os anos de 2030 ou 2040 e com as contínuas emissões de gases do efeito estufa, é possível que os verões de extremo calor sejam mais frequentes.

Em relação ao impacto econômico que este fenômeno pode ter, Christidis disse à Agênica Efe que "dependerá do quão preparadas as sociedades estiverem para lidar com estes extremos".

Além disso, revelou que o objetivo de sua equipe é facilitar provas científicas de que o clima mudou que sirvam de base para a tomada de decisões.

Com as temperaturas em trajetória ascendente, os verões de extremo calor na Europa poderiam ser frequentes no futuro próximo, ressaltaram os pesquisadores no estudo.

Peter Stott, co-autor da pesquisa, disse que as projeções para o futuro sugerem que para os verões como o de 2003 serão considerados frios até o fim do século.
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E mais:
Europa terá um verão de temperaturas extremas a cada dois anos (O Globo)