(Efe/Terra) A Europa tem dez vezes mais chances de ter verões com temperaturas extremas em comparação com o final do século passado por causa da mudança climática, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira na revista britânica "Nature Climate Change".
A pesquisa, realizada pela agência de meteorologia britânica (Met Office), revelou que a mudança climática promovida pela ação do ser humano aumentou as probabilidades de se repetirem verões como o na Europa em 2003, quando as temperaturas superaram a média em 2,3 graus.
Para a pesquisa, além de utilizar diferentes métodos estatísticos, os autores compararam dois períodos de tempo, de 1990 a 1999 e de 2003 a 2012, e descobriram que os verões de calor extremo (nos quais as temperaturas superaram em pelo menos 1,6 graus a média histórica) poderiam ser mais frequentes.
Os especialistas assinalaram que as possibilidades de haver um verão com temperaturas semelhantes às de 2003 aumentou de um a cada mil anos para aproximadamente um a cada 127 anos.
O coordenador da pesquisa do Met Office Nikos Christidis, , afirmou que, para os anos de 2030 ou 2040 e com as contínuas emissões de gases do efeito estufa, é possível que os verões de extremo calor sejam mais frequentes.
Em relação ao impacto econômico que este fenômeno pode ter, Christidis disse à Agênica Efe que "dependerá do quão preparadas as sociedades estiverem para lidar com estes extremos".
Além disso, revelou que o objetivo de sua equipe é facilitar provas científicas de que o clima mudou que sirvam de base para a tomada de decisões.
Com as temperaturas em trajetória ascendente, os verões de extremo calor na Europa poderiam ser frequentes no futuro próximo, ressaltaram os pesquisadores no estudo.
Peter Stott, co-autor da pesquisa, disse que as projeções para o futuro sugerem que para os verões como o de 2003 serão considerados frios até o fim do século.
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E mais:
Europa terá um verão de temperaturas extremas a cada dois anos (O Globo)
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