(UnB / Brazilian Space) O sol estava diferente em Brasília. Na manhã desta sexta-feira, o astro-rei estava emoldurado por um círculo de luz colorida, uma fenômeno conhecido como halo solar. O espetáculo da natureza impressionou os brasilienses, mas também trouxe dúvidas sobre como isso ocorre.
Segundo o professor Ivan Ivan Soares Ferreira, especialista em astrofísica, trata-se de um efeito ótico causado quando raios solares atravessam uma fina camada de cristais de gelo presente nas nuvens. Essas nuvens, conhecidas como cirrostratus, são invisíveis a olho nu e, com o aumento da umidade, formam-se pequenos flocos de gelo nelas. Esse gelo funciona como uma espécie de vidro, que refrate a luz em um ângulo diferente.
“O sol no meio do Halo é visto porque o observador está olhando diretamente para ele. O resto da luz passa pelos flocos de gelo e é refratada em um ângulo de 22º para todas as direções”, explica o professor. Isso explica o porquê da área entre o sol e o Halo ser um pouco mais escura: ali não passa luz direta.
“O que chama atenção no que aconteceu hoje é que a camada de nuvem devia ser muito extensa. Só assim para pessoas para poderem observar o Halo em locais distantes entre si”, completa o professor. Ele destaca que em algumas regiões de clima temperado, é comum ver o fenômeno até duas vezes por semana.
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Cobertura da imprensa sobre o Halo Solar no HABITAT
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