segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

2011 foi o ano mais quente registrado na Suíça, afirma órgão climatológico

Foi o ano mais quente desde que as medições começaram, em 1864. MeteoSwiss informou que temperatura foi acima da média em 11 meses.



(G1) O ano de 2011 foi o mais quente registrado na Suíça desde 1864, quando foram iniciadas as medições meteorológicos no país, de acordo com anúncio realizado nesta sexta-feira (30) pelo órgão climatológico do país, o MeteoSwiss.

Os recordes de calor e os extensos períodos de seca marcaram o ano passado, de acordo com a instituição suíça, com eventos climáticos registrados principalmente em grande parte da primavera e do outono.

O MeteoSwiss registrou temperaturas acima da média em 11 dos 12 meses do ano passado. A excessão foi em julho, considerado o mais frio da última década. Outro elemento destacado pelo órgão suíço foi a grande quantidade de neve que caiu desde meados de setembro.

Há três anos, cientistas da Universidade de Zurique apontaram que os Alpes suíços já sentiam os efeitos da mudança climática. Em uma década (de 2000 a 2009), 12% das “neves eternas” haviam desaparecido. Os dados foram considerados os piores desde o início dos registros de neve nas montanhas locais, iniciados há 150 anos.

O que se conhece popularmente como neves eternas são os glaciais, estruturas de gelo que não derretem - ou não derretiam - o suficiente no verão a ponto de desaparecer. Dois fatores pesariam nesse fenômeno: a elevação média da temperatura no verão e a queda de neve mais suave no inverno. A universidade alerta que nunca o ritmo de derretimento do gelo dos Alpes foi tão rápido

Segundo o estudo, em 2000 a Suíça contava com uma cobertura de gelo de 1.063 km². Desde 1999, os glaciais suíços perderam 9 km³ de gelo. A maior queda ocorreu em 2003, quando a redução foi de 3,5% em 12 meses.

Até 2050, os pesquisadores estimam que os invernos nos Alpes serão 1,8 ºC mais quente e os verões terão temperatura 2,7°C superior. O derretimento das neves eternas pode causar, na Suíça, avalanches e deslizamentos de terra, além de prejudicar o abastecimento de energia, pois as hidrelétricas são abastecidas pelo derretimento sazonal dos glaciais. O turismo também sofreria perdas.

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