sexta-feira, 5 de abril de 2013

Artigo Científico da Divisão de Ciências Atmosféricas é Publicado no Journal of Geophysical Research



(IAE/Brazilian space) O artigo intitulado “A study of the long-term variability of thunderstorm days in southeast Brazil”, do qual o pesquisador Marco Antonio da Silva Ferro do Grupo de Eletricidade Atmosférica da ACA é um dos autores, foi publicado no Journal of Geophysical Research, respeitável periódico da área de Geociências, publicação da American Geophysical Union (AGU), com qualificação A1 no Qualis/CAPES.

No artigo, resultado de pesquisa coberta pelo Convênio de Cooperação Científica assinado entre IAE e INPE, são analisados os registros mensais do número de dias de tempestade obtidos em três cidades do sudeste do Brasil (São Paulo, Campinas, e Rio de Janeiro), desde o século 19 até os dias atuais. A análise é complementada pela distribuição espacial de relâmpagos na última década. Para São Paulo e Campinas, os dados indicam um aumento significante na atividade de tempestades durante o período estudado, simultaneamente a um aumento na temperatura da superfície de 2º C que está bem correlacionada ao crescimento populacional observado nessas cidades, enquanto os dados de relâmpagos indicam que as duas cidades podem ser consideradas destaques em termos de tempestades com respeito às suas áreas vizinhas (Figura 1). Esse resultado não encontra nenhuma evidência que ciclos climáticos naturais pudessem ser a causa e dá fortes evidências observacionais para a influência antropogênica na atividade de tempestades. Para o Rio de Janeiro os dados não mostram um padrão positivo significante entre a metade do século 19 e os dias atuais a despeito do aumento da temperatura da superfície, sugerindo que as variações são mais provavelmente um resultado de uma complexa combinação de características locais e de larga-escala. Além disso, uma análise estatística dos dados após 1951 mostra que um aumento significante (por um fator de 3,7) na atividade de tempestades no Rio de Janeiro acontece quando há ocorrência simultânea de uma anomalia positiva da temperatura da superfície do oceano Atlântico Sul e La Ninã, comparado com a ocorrência simultânea de uma anomalia negativa e El Ninõ, embora nenhuma variação significante tenha sido encontrada quando cada fenômeno de larga-escala ocorre isoladamente, sugerindo que a proximidade do Rio de Janeiro com o Oceano Atlântico tende a intensificar a influência desses dois fenômenos de larga-escala. O mesmo ocorre para São Paulo e Campinas, embora com uma amplitude mais baixa. Os autores estão levantando dados para as demais cidades do país, pois pretendem ampliar a pesquisa de modo a cobrir todo o território nacional.

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