quarta-feira, 10 de abril de 2013

Veja como a previsão do tempo mudou nos últimos 50 anos



(Folhinha) Será que vai fazer sol amanhã? Ou preciso levar um guarda-chuva na bolsa? Para responder essa dúvida é preciso que um meteorologista faça a previsão do tempo .

Esse tipo de estudo já existe há décadas. A edição da "Folhinha" de 21 de março de 1965, por exemplo, publicou uma reportagem sobre uma escola da Inglaterra que ensinava crianças a fazer esse tipo de previsão.

Para isso, eles usavam um termômetro (para medir a temperatura), um barômetro (para medir a pressão do ar) e um pluviômetro (para medir a chuva que cai).

"Esses equipamentos ainda são usados hoje em dia. A diferença é que temos mais tecnologia, como computadores potentes e até estações automáticas, que transmitem os dados sozinhas", conta André Madeira, meteorologista do Climatempo.

A maior mudança nesses anos foi a maneira como o meteorologista analisa os dados. "Hoje temos mais precisão. Conseguimos fazer uma previsão confiável para daqui a 15 dias. Naquela época [nos anos 1960], eles faziam para no máximo três dias", diz.

Leia a matéria de 1965 abaixo:


Na Inglaterra há um ginásio onde os meninos aprendem a prever o tempo: se vai fazer sol, se vai chover, se o dia seguinte vai ser feio. A escola fica situada em Tring, no condado de Hertfordshire, nome muito difícil para vocês.

O professor de geografia foi quem teve a ideia. O diretor do ginásio gostou da história e até ajudou com dinheiro da escola para montagem do posto meteorológico. Outra palavra difícil, mas esta é nossa língua. Pronuncia-se assim: me-te-o-ro-lo-gi-co.

Meteorologia é o estudo do tempo, não do tempo que a gente marca em horas e minutos, mas do tempo que faz, da chuva, do sol, das trovoadas.

Os aparelhos não são muitos. Termômetro, que marca a temperatura; barômetro, que marca a pressão do ar; pluviômetro, que mede a chuva que cai. Estes, já tinham na escola. Faltavam dois: um para indicar a direção dos ventos e um para medir a força do vento.

Com os alunos, o professor Blake construiu esses instrumentos. Ou melhor, quem construiu mesmo foi um aluno, muito habilidoso, que tomou como modelo fotografias de aparelhos usados nas estações de previsão do tempo.

O melhor vocês não sabem. para construir os dois instrumentos, o menino mecânico, Alan Fennemore, usou pedaços de aspirador de pó, de motores, de tubos, tudo isso velho e abandonado. E utilizou também uns 400 metros de fio.

Pondo a funcionar todos os instrumentos, os alunos conseguem fazer a previsão do tempo. O posto meteorológico-mirim virou parte da vida do colégio. professores e alunos, e também gente de fora, gostam de ir lá para saber se vai chover ou fazer sol.

E os meninos, cheios de si, dizem que assim podem saber se devem levar capa e galochas quando saem de casa.

As meninas também ajudam. As previsões do tempo fornecidas pelo pequeno posto são aproveitadas por um jornal da cidade e, cá entre nós, não fazem feio diante das previsões publicadas pelo governo.

E agora? Tão importante se tornou a aventura, que o posto meteorológico é uma das coisas mais importantes da escola e da cidade de Tring. Brincando e aprendendo, os meninos e as meninas prestam um serviço muito bom, como esse de prever o tempo. Pois quem não gosta de saber logo de manhã se vai chover ou não?

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