quarta-feira, 9 de outubro de 2013

El Niño e La Niña não devem aparecer até o verão


(O Globo) Nem El Niño nem La Niña deverão alterar o clima global nos próximos meses. De acordo com previsão da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgada nesta segunda-feira, o Oceano Pacífico deverá continuar com uma situação neutra. Os especialistas afirmam que esta previsão deve se manter pela primavera e o verão, apesar de haver águas ligeiramente mais frias do que o normal no Leste do Pacífico equatorial.

Quando ocorrem, ambos os fenômenos causam eventos climáticos extremos em todo o mundo. No Brasil, de uma maneira geral, El Niño contribui para a intensificação da seca no Nordeste e das chuvas no Sul. Já La Niña causa o oposto: mais chuva no Nordeste e seca no Sul. Sem eles, os especialistas esperam as condições típicas da estação, que para o Rio de Janeiro significam mais calor e chuva.

- Em média, El Niño diminui as chuvas no Nordeste e La Niña aumenta, mas há outros fatores que também podem influenciar a região, provocando mais chuvas mesmo sem El Niño, por exemplo – explica Bruno Miranda, meteorologista do CPTEC/Inpe.

As condições meteorológicas do Pacífico continuarão a ser monitoradas para avaliar as consequências climáticas. Nos últimos 12 meses, segundo a OMM, não houve predominância de El Niño nem La Niña. A organização informa que já foram observadas no passado condições neutras por dois anos consecutivos ou mais, situação que não é considerada incomum.

As interações entre atmosfera e o trecho tropical do Pacífico podem alterar os padrões climáticos, afetando todo o planeta. Durante os eventos do El Niño, a temperatura da superfície do mar fica mais quente do que o normal. Por outro lado, La Niña ocorre quando a água fica mais fria. E, uma vez iniciado, o processo de influência pode durar mais de um ano. Entre 1997 e 1998, houve forte manifestação de El Niño, seguida de uma longa fase de La Niña, de meados de 1998 ao início de 2001.

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