(EFE/UOL) As autoridades do nordeste da China, que sofre a pior seca em mais de 60 anos, decidiram recorrer à chuva artificial mediante o "bombardeiro" de nuvens com produtos químicos, para tentar aliviar a situação que faz temer grandes problemas alimentares e a alta da inflação por causa das más colheitas.
A província de Liaoning, uma das mais afetadas, recebeu as primeiras chuvas em muito tempo no fim de semana, e elas continuaram ontem, segunda-feira (25), informou nesta terça-feira (26) a agência oficial "Xinhua".
Para provocar a chuva são usados aviões ou foguetes que jogam nas nuvens substâncias condensadoras como o iodeto de prata, que acelera as precipitações, um método usado frequentemente na China em caso de incêndios e secas.
Este sistema promoveu a queda nos últimos dias de 360 milhões de metros cúbicos de água nas zonas mais afetadas pela seca, especialmente nas imediações da cidade de Chaoyang.
Pelo menos 4,39 milhões de hectares de campos de cultivo (cerca de 44 mil quilômetros quadrados) sofrem com a seca, que afeta 2,35 milhões de pessoas.
Só em Henan, uma das províncias mais povoadas da China, as perdas são calculadas até agora em US$ 1,18 bilhão.
Muitas das regiões atingidas são principais centros de produção nacional de cereais como trigo, cevada e milho, o que provocou o receio das autoridades de que haja escassez alimentos básicos e que o preço aumente nos próximos meses, o qual poderia disparar a inflação.
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