sexta-feira, 25 de junho de 2010

Satélite capta imagem que indica possível começo do La Niña

Resfriamento das águas superficiais do Pacífico é o oposto do El Niño.
Parte sul do Brasil registra clima mais seco com o fenômeno.


Chegando - Área azul indica água em baixa temperatura na região equatorial do Pacífico; vermelho e amarelo indicam temperatura elevada (Foto: European Ocean Surface Topography Mission / satélite oceanográfico Jason-2 / Nasa)

(G1) A mais recente imagem de satélite da superfície do Oceano Pacífico mostra a provável transição nos últimos meses do fenômeno El Niño para o La Niña. A área azul no centro da imagem indica a presença de água em baixa temperatura na região do equador.

Resquícios de água quente são indicados em vermelho e amarelo. “Os próximos dois meses vão revelar se a tendência atual de resfriamento vai, no fim das contas, evoluir para uma duradoura situação La Niña”, avalia Bill Patzert, oceanógrafo e climatologista da Nasa, a agência espacial americana.

O La Niña, resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico, é o oposto do El Niño, que as aquece.

É comum que o La Niña suceda ao El Niño, situação em que as águas na faixa equatorial do Pacífico se aquecem acima do normal, empurrando massas de ar quente contra a costa oeste da América do Sul. O El Niño habitualmente aumenta as chuvas, com possibilidades de tormentas.

Peru, Equador, Chile, Argentina e a parte sul do Brasil registram climas mais secos em anos de La Niña. Por isso, para muitas regiões norte e sul-americanas, o La Niña costuma ser chamado de “diva da seca”, segundo Patzert.

A imagem foi capturada em 11 de junho e divulgada nesta quinta-feira (24).

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