sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Temporada de furacões no Atlântico é a mais calma em 45 anos

Previsões apontavam que este seria um ano de atividades intensas. O ano de 2013 quebra sequência de anos com intensos furacões.


(Reuters/G1) A temporada de furacões do Atlântico deste ano marcou a primeira vez, em 45 anos, em que a tempestade mais forte foi apenas um furacão menor, da categoria 1.

Ainda pode haver uma surpresa tardia na temporada que vai de 1º de junho até 30 de novembro, já que o ciclone que se transformou no furacão Sandy surgiu nesta época, no ano passado.

Mas até agora, esta foi uma das temporadas mais fracas desde que começaram os registros modernos, há cerca de meio século, de acordo com especialistas americanos. Com exceção da tempestade tropical Andrea, que inundou a Flórida em junho, nenhum outro ciclone provocou estragos semelhantes.

Isso trouxe alívio para dezenas de milhões de pessoas nos Estados Unidos que vivem em zonas de perigo para furacões. Mas 2013 foi um fiasco para previsões de longo prazo que anteviam uma atividade mais forte do que o comum no Atlântico tropical.

Foi um "tipo de ano muito estranho" no mundo imprevisível dos ciclones, disse o especialista em furacões Jeff Masters, diretor de meteorologia da empresa Weather Underground.

"Estivemos nesse padrão de atividades há muitas décadas, mas apenas não aconteceu este ano", diz Masters, referindo-se ao prolongado período de atividades crescentes de furacões desde 1995.

Para explicar a calmaria incomum, especialistas em ciclones apontam para uma confluência de fatores. A abundância de ar seco e possivelmente a areia transportada do deserto do Saara, no norte da África, têm contribuído para inibir a formação de furacões em 2013.

Este ano também é marcado como o com menor número de furacões desde 1982 e o primeiro, desde 1994, sem a formação de um furacão maior. Em termos de "energia acumulada de ciclone", uma medida comum para o poder destrutivo total de uma temporada de tempestades, o ano de 2013 está entre os 10 mais fracos desde os anos 1960.

Apesar da diferença entre a previsão e a realidade de 2013, especialistas dizem que previsões de longo prazo ainda valem a pena. "Elas têm um objetivo, conquanto que se entenda suas limitações", diz Masters.

Nenhum comentário:

Postar um comentário